Antes da fazer qualquer julgamento leia até o final
Acredito que ninguém, hoje em dia, é obrigado a nada. Estamos vivendo um momento em que finalmente podemos fazer o uso do poder da escolha. Afinal esse foi um direito dado por Deus quando concedeu o livre arbítrio, certo!?
Agora, por que os seres humanos insistem em negar esse direito dado e colocar regras e definições nas escolhas alheias?
O poder da escolha é algo fenomenal porque nos dá o direto de conduzir a nossa própria vida e gozar das alegrias e das tristezas dos caminhos que iremos percorrer. Eu sei que nem tudo é tão fácil como parece, afinal, existe uma regra nessa questão da escolha, cada escolha requer uma renuncia. Ou seja; TUDO, ao mesmo tempo, não terás.
E você!? Que renuncia vai escolher fazer? (Eu sei que soa estranho quando digo escolher uma renúncia, mas pare e pense: se você escolhe uma coisa automaticamente renuncia outra, então o que você irá abdicar para obter o que se quer?) Quando essa renúncia é feita de uma forma consciência, as coisas se tornam mais claras e fáceis.
Com esse poder de escolha nas mãos, temos o direito de escolher não termos filhos. Uau! Tomou um susto? Calma! Não fique chocado, não estou falando sobre aborto; ainda. Refiro-me á escolha de não engravidar, de não gerar uma vida. Sim! Nos dias de hoje podemos optar por isso!
E sabe o que acontece quando explicitamos essa decisão de optar por não ter filho? Somos automaticamente julgadas.
Mas calma, você e eu não estamos sozinhas e certamente você será julgada de um jeito ou de outro, afinal TODAS, as mulheres são julgadas, inclusive as que optaram por ter filhos e até mesmo as que não conseguiram gerar uma criança.
Quer saber como somos julgadas? Quando, corriqueiramente, escutamos os seguintes comentários desagradáveis, carregados de palavras que geram culpa.
Por exemplo:
Se você é mãe e trabalha muito: “é uma péssima mãe por ser ausente”
Se é mãe e não trabalha: “é uma desocupada e mesmo assim os filhos não são educados”
Se não pode gerar filhos: “é uma coitada”,
Se optou por não ter filho: “é uma desalmada egoísta” ou é “um pessoa amarga”,
Se é mãe solteira: “é uma irresponsável”,
Se deixa os filhos sob os cuidados do pai ou dos avós: “é uma relapsa”,
Se é casada e está infeliz: “não executa seu papel com excelência”,
Se é casada e é feliz e optou por não quer ter filhos: “com certeza tem alguma coisa errada nisso”,
E assim vai… a lista de comentários maldosos não param por aí.
Não importa em que posição você esteja. Os outros sempre terão uma opinião sobre o modo como você leva a sua vida.
E quando falamos que não queremos ser mães, muita gente afirma que estamos perdendo o melhor da festa. No entanto, quando observamos as famílias em geral, o que elas estão fazendo? Comentando suas mazelas, tristezas e dificuldades com seus filhos.
Há quem se contradiga e ao mesmo tempo que mete o pau nas atitudes dos filhos, faz uma rápida correção falando que ter tido filhos foi a melhor escolha. Muitas vezes mentindo e negando o que realmente pensa para se enquadrar no rótulo de “boa pessoa” que a sociedade exige.
Agora pare e pense! Nesse teatro, muitas vezes dramático, chamado Vida, ser mãe não é necessariamente um papel que todo mundo quer exercer. E essa é a única escolha que não dá para voltar atrás.
Há mulheres que desejaram infinitamente seus filhos mas, ao realizar seu “sonho” sentem-se extremamente sozinhas e abandonadas, mesmo estando com um companheiro e familiares ao redor, pois a realidade não condiz com o seus pensamentos do mundo idealizado.
Outras mulheres amam seus filhos, mas detestam exercer o papel de mãe. Há ainda aquelas que admitem que amam seus filhos, mas falam que se pudessem voltar atrás não teriam optado ser mãe. Há muitas que estão extremamente felizes e realizadas com suas escolhas. Há, ainda, aquelas que simplesmente não querem ser mãe.
Maternidade: Alguém te perguntou alguma coisa?
Outra coisa interessante é observar que não importa qual o caminho escolhido, haverá sempre uma pressão muito grande da sociedade sobre a maternidade.
É um tema que afeta todas as mulheres independente de sua escolha. A sociedade (isso inclui pais, irmãos, amigos, colegas de trabalho, o povo da igreja e todo mundo; todo mundo mesmo!!!) sempre tem uma opinião e está pronta para dar um pitaco na sua vida, mesmo que você não queira saber sua opinião.
Só que esqueceram de avisar que não existe manual do sucesso e felicidade. Não é mesmo? Eu poderia listar uma série de motivos pelos quais nem sempre os conselhos alheios possuem a garantia de fazer você encontrar o caminho da alegria e sucesso na sua jornada da vida.
Mas o principal deles é: O que você encara como felicidade pode não ter o mesmo significado para mim, para o seu vizinho ou qualquer outra pessoa.
E outra coisa, as conseqüências das minhas escolhas e renúncias, ou seja, das minhas alegrias e dores, são sentidas somente por mim.
Posso viver O AGORA?
A sociedade tem mania de nos ensinar que precisamos focar naquilo que não temos, achando que isso vai nos levar à felicidade, e com isso esquecemos de apreciar o que temos agora.
Que tal ter paz e consciência daquilo que estamos escolhendo e viver o Agora?
Então… se você decidir não ter filho, que se lasque a opinião alheia. Esse direito é seu! Você precisa estar em paz com sua opinião, afinal de contas, na hora do “vamos ver” quem estará ali será você. E nessa via crucis não há espaço pra ninguém ajudar e dividir o peso das suas responsabilidades.
O mais importante de tudo quando você estiver naquele momento só seu, pergunte a si mesmo como se sente? Você está feliz e realizada em ter tido a coragem de fazer suas escolhas e ter vivenciado as conseqüências?
Ou você fecha os olhos e se entristece por ter percorrido um caminho que não era o que você intimamente queria, mas que se deixou ser guiada pelo opinião alheia?
Me deixa fazer as minhas escolhas
Não importa em que momento você esteja na sua vida. Tenho uma excelente notícia. A partir de Agora, não importa se estamos celebrando o Natal, o Ano Novo, Carnaval ou a Páscoa, você tem o poder da escolha! E ele está nas suas mãos!
Não desperdice o seu maior presente e viva as suas escolhas de forma consciente.
E lembre-se sempre que se não escolher, alguém o fará por você. Daí não adianta se fazer de vítima, afinal você passou para o outro o direito que era seu.
E quando as coisas não dependerem de você, nada de se vitimizar, hein!? Erga a cabeça e lembre o que o grande filósofo Jean-Paul Sartre disse: “não importa o que fizeram com você, importa o que você vai fazer com o que fizeram com você.”
Assuma novamente o controle das suas emoções e decisões.
Por isso, escolha, seja consciente e fique em paz, pois a culpa só ocupa espaço para armazenar coisas que não irão beneficiar.
Seja você e construa a sua história com suas decisões. O livre arbítrio é seu e tá tudo bem!!!
Ou seja, ter ou não ter filhos é uma escolha sua e um direito seu. E se você não concordar com a opinião de quem optou por não ter filho, não se incomode.Tenha os seus filhos e seja feliz com a sua escolha.
Olha que legal, Parabéns! Cada um tem o livre o arbítrio, o que não vale aqui é querer minar o direto de quem decidiu fazer diferente de você.
Um beijo a todos e um brinde ao poder da escolha
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Fotos: Pixabay & Texto: Kely Martins Bauer
Revisão: Maria Lucia Castelo Branco

Comentários
Iana Leite Martins
18 de janeiro de 2018 at 9:26 pmÉ concordo plemamente que quando fazemos uma escolha logo renunciamos a tantas outras.
Lembro de nossa mãe que queria ser freira. Imagine o quanto teria que renunciar!!!
Anos atrás , com os efeitos da segunda guerra mundial não ter filhos era como cometer um crime. Acho até que muitos desses comentários vinham dessa época. Hoje o mundo é outro. Eu fiz a escolha de ser mãe, sou mãe de três lindos filhos. Repeito muito quem não quer ter filhos e sei bem que a vida muda muito quando escolhemos ter filhos e nem passaria nessa vida sem tê-los. Vejo também que é um estilo de vida, não dá para comparar e muitas das vezes acho a vida de quem não tem filhos bem estimulante. A vida de um casal sem filhos é também de muito companheirismo porque um escolhe cuidar do outro. Estudam mais, viajam..
O importante mesmo nessa vida é nos conhecer e ver que tipo de vida queremos levar. Ser feliz!! Amo seus textos.